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Infertilidade: conheça os tratamentos

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Os casais cada vez mais estão a ter problemas de fertilidade, mas há diversos tratamentos para conseguir engravidar.

A infertilidade é uma doença do sistema reprodutor que se caracteriza pelo facto de um casal não conseguir engravidar (veja o nosso artigo sobre os truques sobre como engravidar), após estarem a tentar há cerca de 12 meses. A Barrigas de Amor e algumas clínicas partilham connosco algumas técnicas de Procriação Medicamente Assistida (PMA) permitidas em Portugal.

Infertilidade

Há muito que este problema apareceu na espécie humana. Contudo, foi no final do século passado que se deram os maiores avanços nesta área e surgiram algumas das técnicas de Procriação Medicamente Assistida que são aplicadas hoje em dia.

A Procriação Medicamente Assistida (PMA) diz respeito a todos os tratamentos de fertilidade que incluem a manipulação de espermatozoides ou ovócitos no laboratório (ou seja, in vitro) e que têm como objetivo final uma gravidez.

Técnicas de Fertilização

Segundo as leis portuguesas as técnicas de PMA permitidas são:

1) Inseminação artificial (com sémen do parceiro ou de dador)

Este é um tratamento de primeira linha. É indicado para os casos de bom prognóstico de gravidez e em mulheres com menos de 35 anos.

De acordo com o IVI, grupo de Medicina Reprodutiva, o tratamento de inseminação artificial é feito em três fases:

  • Primeira: É feita a estimulação dos ovários com hormonas para induzir a ovulação;
  • Segunda: Depois a preparação do sémen, na qual são selecionados e concentrados os espermatozoides com melhor mobilidade;
  • Terceira: Por fim, é realização a inseminação, que consiste na colocação de uma amostra de espermatozoides, preparada previamente no laboratório, no interior do útero da mulher.

A programação deste tratamento é decidido e agendado em consulta. Uma vez realizado o tratamento, depois de aproximadamente duas semanas, a mulher pode fazer o teste de gravidez para verificar se existe ou não uma gravidez.

2) Fertilização in vitro

Segundo o Ferticentro, Centro de Estudos de Fertilidade especializada no diagnóstico e tratamento de problemas da infertilidade feminina e masculina, “na fecundação in vitro (tratamento de fertilidade muitas vezes como ‘fertilização in vitro’ ou FIV) os ovócitos são recolhidos a partir dos ovários e fecundados com espermatozoides em meio laboratorial, ou seja,  fora do organismo da mulher”. Posteriormente, os embriões são transferidos para o útero da mulher para que se implantem e originem uma gravidez.

3) Injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI)

Este é um procedimento que consiste na introdução de um único espermatozoide no interior de cada ovócito da mulher. Assim, serão originados embriões que, consequentemente, são transferidos para o útero da mulher, onde, se tudo correr bem, se desenvolverão durante 9 meses.

Esta é uma das melhores técnicas para casos de infertilidade masculina, no caso dos homens com poucos espermatozoides, uma vez que é selecionado o melhor dos melhores.

4) Transferência de embriões, gâmetas ou zigotos

A Transferência Intratubária de Gâmetas consiste na captação dos óvulos da mulher, através de um exame – laparoscopia-, e, simultaneamente na captação do esperma do companheiro. Depois, as gâmetas (células sexuais que, durante o sexo, se fundem no momento da fecundação ou fertilização) são “introduzidas” nas Trompas de Falópio da mulher, onde se dará a fertilização.

Já na Transferência Intratubária de Zigotos, os tipos de gâmetas são postos em contacto, in vitro, em condições apropriadas para a sua fusão. O zigoto ou zigotos resultantes são transferidos para o interior das trompas uterinas.

Na primeira, a fecundação é processada fora do corpo da mulher, enquanto na segunda, o espermatozoide encontra-se com o óvulo, formando o embrião, nas trompas de falópio.

5) Diagnóstico genético pré-implantação

Este diagnóstico trata-se de um conjunto de técnicas que conseguem avaliar o estado genético dos embriões antes de serem transferidos para o útero, com o objetivo de seleccionar os embriões que não são portadores de doença, e que por conseguinte, deste modo serão saudáveis.

6) Outras técnicas laboratoriais de manipulação gamética ou embrionária equivalentes ou subsidiárias

Em Portugal, estas técnicas são um método subsidiário e não alternativo de procriação, pelo que apenas podem recorrer a elas casais com diagnóstico de infertilidade ou com risco de transmitirem alguma doença genética grave para a descendência ou alguma doença infecciosa.

É ainda permitido os casais recorrerem à doação de gâmetas (ovócitos e espermatozóides) e de embriões, podendo os beneficiários destas medidas serem casais heterosexuais, “bem como todas as mulheres independentemente do estado civil e da respetiva orientação sexual”, como se pode ler no Artigo 6.º da Republicação da Lei n.º 32/2006, de 26 de julho.

Atenção, que as leis de Procriação Medicamente Assistida variam de país para país.

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